Nestes tempos de ausência de mim, o mundo sorriu, o mundo gritou...tudo aconteceu.
Tenho tido diversas variações de humor...a felicidade é uma coisa tão efémera!
Tento a todo o custo encontrá-la, quando julgo que a alcansei, descubro que afinal ela fitou-me e fugiu.
É difícil conseguir encontrar-me...o tempo passa a voar, vou-me esquecendo de mim, que existo, e vivo um pouco em função dos outros. Quando me apercebo, já envelheci, já me isolei, já de mim o tempo fugiu...e não consigo alcansá-lo!
Se pudesse pô-lo a andar para trás, certamente já o teria feito por diversas vezes.
Mas o tempo não existe...nós é que o fazemos. E não o podemos desfazer, assim, sempre que nos apetece.
O que posso dizer destes últimos tempos?
Tenho-me sentido confusa, triste, perdida...receio encontrar-me longe daqui...
possivelmente seria bom, poder perder-me em viagens, não regressar tão depressa!
A falta de ocupação tem-me dado muito trabalho, no campo do coração.
Sinto-me como se todo o potencial que há em mim estivesse prestes a perder-se, por falta de objectivos pelos quais lutar.
Sinto-me morta por dentro...o pior é que sinto que se morresse ninguém daria pela minha falta.
Ok! Tenho que ser mais justa: ninguém é exagero! Tenho o meu punhado de gente que ficaria de rastos...mas o que eu quero dizer é que preciso urgentemente de fazer alguma coisa que me complete, interiormente. Sinto-me vazia!
Preciso de mais objectivos do que criar os meus filhos - que quero ter mais, seguramente! - cuidar do maridinho e dar aulas, quando me deixam.
Aliás, muito deste estado depressivo deve-se exactamente à incógnita que é a minha vida profissional. Vou dar aulas, não vou...é assim todos os anos, eu e mais 120.000 pessoas!
11.7.06
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