Sábado, dia 16 de Setembro.
Vajámos até Constância, onde montámos o acampamento para um fim-de-semana de descida de rios.
Perto das 13h iniciámos a descida do Tejo, partindo do (antigo) porto fluvial de Rio de Moínhos. O sol estava forte, mas o vento soprava.
Em 20 minutos de esquecimento de calçar as luvas para pagaiar à vontade, criei logo uma bolha no polegar da mão esquerda...(está com mau aspecto, mesmo a pedir um penso no centro de saúde!)
O rio Tejo é um rio bastante largo e as suas margens não são particularmente bonitas, pois estão aproveitadas com empresas de extracção de inertes do rio...mesmo assim, é agradável o contacto com a natureza, ainda para mais que na última descida que fiz neste rio, foi uma descida nocturna, bastante emocionante, até, mas sem beleza visual...embora seja a melhor forma de disfrutar dos sons das rãs, ouvir os peixes a saltar (e que saltos!), ouvir o bater das asas dos patos bravos...e até os cheiros de algumas plantas que estão nas margens.
O vento foi um inimigo desde o primeiro instante: soprava demasiado forte, e ainda para mais, de frente; o que acabou por dificultar a pagaiada e aumentou o tempo previsto para completar o passeio entre Rio de Moínhos e Tancos, com paragem em Almourol.
Uma parte bela do percurso é a vista de Constância, vila pacata do interior, plantada entre 2 rios...um ambiente previlegiado!
Mais à frente, e já após muitas queixas do grupo de 17 pessoas, afinal é um percurso de cerca de 20 Kms, avistámos o maravilhoso castelo de Almourol...
Parámos na minúscula praia da ilha, subimos ao castelo. A vista é esplêndida, ainda para mais com o som medieval que se ouvia, nos preparativos para a peça de teatro 'Viriato' a realizar nessa noite.
Na ilha encontrámos porcos pretos anões...mas ouvi idosos chamarem de porcos-espinhos, etc (fiquei a matutar onde terão visto as pessoas os ditos espinhos dos porcos!!!).
De Almourol a Tancos é apenas 10 minutos de pagaiada moderada...e finalmente a malta chegou, partida, estenuada, alguns cheios de sede já só pensavam na famosa 'mine' portuguesa...
Foi mesmo em Tancos que alguns iniciaram essa tarefa árdua de emborcar 'mines' atrás de 'mines'...eu cá preferi um geladito :D!
Lá regressámos por volta das 18h ao parque de campismo, para tomar um merecido banho e pensar na paparoca, que o estômago não é de ferro!
Depois do jantar para 17 pessoas (em que o restaurante fechou para servir os grupos que lá estavam e o nosso recém-chegado) foi só rir...
Um elemento do grupo destacou-se pelas anormalidades que disse, das inconfidências que teve, das cenas que contou!!
E foi já no bar do parque que a noite terminou, entre 'mines' (chá verde para alguns!!!), cigarros e histórias cómicas da vida de um ser muito peculiar.
Dormi toda a noite sem conseguir ter posição para os braços, tal foi o esforço feito por causa do vento...
Boa noite, não perca as cenas do próximo episódio!!!
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