(foto de Filomena Chito, tirada do site www.olhares.com)
Quem me dera acordar de manhã sem saudades do passado, sem vontades ocultas a querem aparecer, espreitando a cada recanto da minha pele.
Quem me dera que o meu sorriso fosse eterno, nunca desvanecesse...que a sombra da dor e da tristeza nunca assolasse o meu coração, perdendo-me nas brumas da memória...
Quem me dera a mim que o tempo estagnasse, de forma a que o presente fosse mais duradouro e estável, deixando de lado as incertezas próprias de quem ainda busca a plenitude da PAZ...
Só queria mesmo alcansar o céu, sem ter primeiro que descer ao inferno, sem ter que me confrontar com as convicções que a mim me impus, numa altura em que pensava ser fácil não deslizar...
Como estava equivocada! Escorregar na lama, cair por terra, é o mais fácil que há...basta que nos deixemos levar pelo vento, como uma sementinha que não sabe onde vai parar...e quando finalmente o vento pára, fixa-se à terra, como não havendo outra!
A vida é como uma tômbola, nunca se sabe o que nos espera.
O mais importante de tudo é saber reconhecer os erros e ter fé nas pessoas...ter fé em nós próprios, desejar alcansar a serenidade, acreditar que é possível seguir em frente, mesmo com os olhos turvos das lágrimas que choramos.
E como choro eu!!! Choro cada vez mais um pranto calado, sem manifestações atormentadas, porque já compreendi a razão das minhas lágrimas. Agora tenho que enxugá-las, para avançar neste rumo que é meu, dê por onde der...a vida continua, e a Paz, que todos desejamos, parece-se demais com uma inatingível utopia!
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