3.8.06

Mais um dia que passa, menos um para viver!


É duro mas é verdade.
O tempo esgota-se a cada fracção de segundo, é impossível pará-lo, por muito que gostasse de, volta e meia, fazer uma pausa (com Kit-Kat ou não! :P ).
O mais importante é que consigamos aproveitá-lo da melhor forma.
Sendo assim, este dia à partida já está perdido...aqui estou, na lanzeira em que se tem tornado a minha vida, ultimamente.
Isto de ter férias sozinha, sem companhia, é demasiado aborrecido e pior que isso, é desesperadamente viciante o ócio, não fazer nenhum...
Quando é que chega Setembro?!

Eu sei, deveria ocupar o meu tempo com coisas válidas, por exemplo, tentar ler um bom livro; acontece que não tenho tido vontade nenhuma de o fazer. E isto é demasiado perigoso.
Quando eu, Ana Sofia, um bicho irrequieto por natureza, me recuso a ler ou a fazer outras coisas que me dão prazer(sair de propósito para comprar um gelado!), então algo vai mal no país das maravilhas!!!
o que se passa comigo, porque não consigo eu arranjar força anímica para viver:
um viver intenso, descompassado, inquietante.
É isto que sempre quis...parar é morrer, e eu sinto-me a finar lentamente.
Como conseguir mudar? O que fazer para me animar?
A angústia que vivo, ano após ano, neste fim de ano lectivo, é tão grande que chego a travar a respiração e tento apagar todos os pensamentos da minha mente!

Quero apenas viver, sem preocupações, buscando a felicidade aqui e ali, perder-me de amor por alguém...coisas que já lá vão no tempo, pertencem a um passado agitado mas muito apaixonante.
Talvez por viver nesta anormalidade de vida, sem coisas importantes que fazer, eu tenha desistido (temporariamente?) de escrever o meu livrito (à quase 1 ano que não lhe toco :( ).
As minhas crises criativas, dão nisto: inúmeras obras começadas, nenhumas terminadas.
Farto-me depressa: se as coisas não se concretizam no preciso momento, acabo por perder o interesse...é assim como um naúfrago, que morre na praia!
Acho que necessito de uma lufada de ar fresco, que me devolva a vontade de viver e de lutar contra esta forma de vida vegetativa.
Agora pergunto: onde vou eu encontrá-la?
Com certeza, não será aqui sentada no sofá ou à frente do computador (que se tem tornado numa dependência demasiado forte para o meu gosto)!

Mas volto a questionar?
Se eu própria reconheço a vegetavividade da minha existência, porquê não dar a volta a isto? Porque continuo aqui, desta forma, sem tentar mudar?

Sofia: só escrever não basta! Hello?!
Acorda para a vida! Descobre algo que gostes de fazer...


Bem que o Nuno tem razão: eu não me interesso por nada, não ambiciono nada de especial. E isto também não é bom.
Apenas sinto que quero dar aulas e viver o dia-a-dia com a minha família.

Ok, sabem muito bem as descidas de rio em kayak, as viagens a outros países e locais, os almoços com amigas e os jantares a dois, os momentos ternurentos de mãe e filho (:D) e vê-lo brincar, ver a planície alentejana, passear em Sintra, ler um bom livro e ouvir um bom som, escrever poesia (à tanto tempo que não... :( ), passear de bicicleta no Parque das Nações...
Mas sinto que falta alguma coisa. Não consigo descobrir o quê!!!

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