25.6.08

B&P versão II

(foto tirada daqui)

Será preciso despir-me de cores para que notes a minha tristeza?
Será possível esconder-me por detrás de um negrume tão gélido como a água do fundo de um poço?
Eu penso que não. Temo que não!
Assim como a zebra é branca com riscas pretas, eu sou cinzenta por mais que abuse da paleta nas minhas vestimentas!
Assim é a tristeza que cobre o meu coração, negro, de tanto sofrer a ausência da explosão de cor, que é a felicidade profunda.
Queria ser arara, rouxinol ou colibri, para que as minhas penas não fossem punhais cravados no peito, para que a minha presença fosse vincada pela alegria e a paixão. E para que todos em meu redor se alegrassem à minha passagem, ao invés de sentirem a agonia normal de um enterro fúnebre.
Estou cinzenta, cinzento escuro, negro a escorregar para a escuridão.
Quero a luz mas afasto-me cada vez mais, porque a claridade que a luz emana é tão potente que me dilacera o corpo e me faz sofrer. Ver-me, à luz do dia, é pior que perder-te, porque significa perder-me de mim também!

B&P

(foto tirada daqui)

Pedras brancas, que brancura,
que se impõem no caminho
conto-as todas, uma a uma,
enquanto deambulo sem destino.

Pedras brancas, de alvura inviolável,
que se ajeitam, em fileiras,
só para eu pisar,
pedras amigas, pedras matreiras.

Pedras que escondem os passos
de quem já perdeu a conta
das voltas que a vida dá,
num jardim, numa calçada,
tanta pedra amontoada!

Pedras brancas, negras pedras,
de um negrume que dá dó,
tantas pedras negras juntas
ferem este coração tão só!

Pedras negras, como queria
poder pintá-las com a cor
do céu, dos rios, das flores,
da amizade, dos sonhos, do amor!

Sofia Feliz

24.6.08

Tempo que urge!


Cá estou de fugida... tenho cada vez menos tempo para as coisas que gosto de fazer, em prol das que abomino... mas eu já sabia que a vida tinha destas coisas! Afinal, ninguém é perfeito!
Posso apenas dizer que a vida tem sido vivida, nos intervalos do trabalho - chato e muito, diga-se de passagem! - e consegui "baldar-me" na véspera do Santo António para o Algarve, onde felizmente tive direito a tratamento vip: sopas e descanso, com sol e banhos à mistura.
Chegada a Lisboa: bem vinda à realidade!
As aulas, essas, já terminaram... mas agora impõe-se um tempo eufórico de semana cultural, mais semana de tortura que de cultura, mas cada qual sabe de si. Pôr miúdos que já estão de férias a praticar actividades culturais é pior que o Deus-me-livre... não é fácil motivá-los, ainda para mais quando eu mesma estou desmotivadíssima!!!
Mas tenho que ser justa: tenho feito os mínimos do que é suposto, aliás, como estou já em contagem decrescente para a minha liberdade - felizmente livro-me dum belo pincel! - abuso do estatuto de quase ex-funcionária, evito complicações e sorrio a contrariedades.
Não vou ter saudades.
Deixo apenas uma amiga e alguns alunos queridos. Mas os mais queridos terminaram o 9ºano, por isso também estão como eu, de fuga!
No dia 3 do próximo mês renascerei para a vida!


(Nota de redacção: assim que me for possível, continuarei os roteiros das viagens que fiz... não estou esquecida!!!)

11.6.08

De fugida...

Venho aqui dizer que ando sem tempo, sem vontade e sem inspiração.
Vou recarregar baterias rumo ao Sul, aproveitando o feriado do Santo casamenteiro.
Beijos e bom fim de semana para todos... aproveitem para descansar, aqueles que podem usufruir do feriado a 13. Só é mesmo pena que a seguir ao 10, não venha o 13 :D que assim tinha sido mesmo bom!

Mas pronto, vou já dormir amanhã em cama alheia, espero que sem atrofios por causa do combustível - hoje vi-me e desejei-me para conseguir atestar o depósito! - que pretendo voltar no domingo, a tempo de trabalhar 2ª feira bem cedo... pensando bem, se não tiver combustível para regressar, que se lixe!!!

(Parabéns à selecção nacional de futebol... haja alguém que dê alegrias a este povo que agora até parece que vai voltar a andar de burro, a ordenhar a vaca, isto se quiser leitinho fresco... :P)

2.6.08

Canadá I

Foi em Dezembro de 1992 que fui passar o Natal com família, nos arredores de Toronto.
Sempre foi um desejo viajar até ao Canadá, talvez por ter um envolvimento familiar com o país, mas também porque me fascinava a cultura tão diferente, a mistura de pessoas e raças que ainda não se via tanto em Lisboa, as paisagens soberbas que via em documentários e nas revistas.
Foi, sobretudo, uma viagem para estar com a família. Mas é claro que fiz alguns passeios - dentro do que era possível com 20º negativos e 1 metro de neve - para além de ser uma época de feriados no país.
Assim sendo, não serão muitas as fotos, mas são de sítios que visitei e que pretendo visitar novamente, agora com olhos de adulta e com liberdade total para passear à vontade. Espero ir lá de Verão, que com neve já conheci! O regresso foi já em Janeiro de 1993... foi engraçado passar o ano como os canadianos passam.

Um dos imensos lagos que envolvem a cidade

A CN Tower, com 553,33 m de altura, construída em 1976

A vista lá de cima...O skydome (estádio) visto do alto da torre, com estrutura amovívelChinatown em Toronto

Yorkminster Park Baptist

St. Agnes Catholic

(Continua)