12.1.07

O Principezinho

E assim se passaram 13 anos e meio.
Levei este tempo todo a entender o porquê de ele querer que eu lesse este livro. Não era apenas por ser uma obra fantástica. Havia mais qulaquer coisa: uma mensagem, que, na altura, não consegui ver.
Na altura, uma miúda de 15 anos, tinha os olhos turvos: dificilmente enxergava o caminho por onde andava. Os sonhos passavam a mil à hora em frente dos olhos, de repente, tive a consciência que conhecia o meu Príncipe, e, mais depressa ainda, o vi fugir por entre os dedos. Feito areia do deserto.
Esta frase que hoje li, fez-me ver:
"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas"
Saint-Exupèry
Foi isto que ele quis me dizer. Ele teve a consciência que me tinha cativado, e sentia-se responsável por isso. :D
Hoje estive a reler o livro. É sempre tão delicioso! E será sempre o melhor retrato do 'meu' príncipe real...um rapaz de cabelo loiro, que me fazia perguntas incessantemente, de uma forma desconcertante.
Mas naquele caso, a criança era eu, ingénua, inocente, sem malícia. E ele era ao mesmo tempo a raposa, a flor, o carneiro, o aviador, o rei, o vaidoso, ...


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