29.2.08

Finalmente... ganhei juízo!

Ontem comecei uma nova fase da minha vida: a fase de tentar voltar a alguns kilos a menos.
Já andava a adiar desde o Verão a visita a um ginásio... as desculpas são muitas quando não se gosta assim tanto de transpirar, de malhar em máquinas e, sobretudo, é-se um bom garfo!

Desta é que é. E para aqueles que julgam que é passageiro, aviso já que vou fazer ginástica todos os dias, com excepção do domingo, que o ginásio está fechado!

Daqui a uns mesinhos conto já não ficar com a língua de fora quando subo um vão de escadas nem vomitar quando me olho ao espelho.

Quando à alimentação, começou também ontem a batalha à base de fruta, verduras e peixe... tudo cozidos e grelhados. Esta batalha é bem mais difícil de suportar que a primeira...

Mas ânimo!

27.2.08

Sonhadora ansiosa

Sou daquele tipo de pessoas que não pode saber nada de muito bom com antecedência.
Sofro bastante com a ansiedade! Não consigo evitar, é mais forte do que eu.
Dizem-me uma coisa e começo logo a criar castelos no ar, sonho todas as noites com isso, vivo o que ainda há-de vir com a intensidade alucinada de um louco.
Agora, apesar de manter o suspense, vou viver num misto de euforia e de angústia. Oh, que raios de gaja complicada que eu sou!!!

25.2.08

Saudades do impossível


Tenho saudades de ti...
De sentir o calor do teu abraço,

apertando-me em teu regaço,
dizendo que me amas a mim.

Sinto falta, Amor,
de toda aquela loucura,
vivida com imensa doçura,
onde nos deixámos ao sabor.

Não sei viver sem a paixão,
que nos envolveu, outrora!

vou recordá-la pela vida fóra,
viver sem ti é solidão.

E o tempo arrastou
num ano de sofrimento
todo o nosso envolvimento
que para já terminou,

mas que eu não quero apagar
do meu corpo, alma e mente...
Porque isto é amor para sempre
um doce amor que sabe esperar!

Um dia vais tu dizer
que chegou a nossa hora
de vivermos os dois, agora,
sem esse dia não vou morrer.

Ainda hei-de sentir no corpo

o arrepio que a tua barba provoca
deixando-me feito louca
como se tudo fosse tão pouco!

Sofia Felizardo

Wassily Kandinsky

Kandinsky (1866-1944) Pintor Russo e teórico de arte. Um dos artistas mais famosos do século 20, nomeadamente da corrente artística do expressionismo abstracto.
Autor dos primeiros trabalhos abstractos. Nasceu em Moscovo e passou a infância em Odessa. Matriculou-se na universidade de Moscovo. Formou-se em direito e economia. Em 1896 mudou-se para Munique e estudou na Academia de Fine Arts desta cidade. Foi professor na Bauhaus de 1922 até ser preso pelos Nazis em 1933. Refugiou-se em França onde viveu o resto da sua vida, adquirindo a cidadania francesa em 1939. Morreu em Neuilly-sur-Seine em 1944.

Obras
















23.2.08

Mau tempo

Este fim de semana é assim: ou se abusa do guarda-chuva, ou é preferível ficar em casa, quentinho, a ler, ver filmes e cozinhar.
Eu optei pela segunda hipótese!

22.2.08

Mexer em recordações

Ontem à noite, já bem tarde, o N. teve a súbita ideia de começar a vasculhar caixas, armários e gavetas para arrumações.
Não gosto muito destas tarefas, mas foi engraçado por-me a ler o meu dossier de poemas, agora com o distanciamento necessário para que não me deixasse consumir pelas palavras sentidas que, durante anos, ali registei.

Apesar de sentir ainda aqueles sentimentos, porque marcaram muito o que sou hoje, não pude deixar de esboçar um sorriso pela forma, muitas vezes ingénua, com que lidava na adolescência com o amor platónico.

Sim, eu sofri de amor platónico!
Aliás, eu sofri muito por amor, foi esse sofrimento que me pôs a escrever poesia, muitas das vezes com muitas lágrimas à mistura.

Durante muitos anos não deixei ninguém ler aquelas palavras, porque era tão íntimas, tão pessoais, que não conseguia dar esse passo.
Hoje, embora muita coisa ainda me faça ficar envergonhada - até chego a corar, feito miúda de 12 anos - já consigo que outras pessoas os leiam (em voz baixa, ok!!).

É engraçado, agora com 30 anos, olhar para o que uma miudinha de 13 anos começou por escrever, ainda acreditando em príncipes encantados, cavalos alados, amores inseparáveis, construindo sempre castelos no ar.

Eu era uma sonhadora! Daquelas que não consegue por os pés no chão. Que com excesso de optimismo olhava a vida de frente, com um sorriso nos lábios.

O pior foi quando caí na realidade e me apercebi que era tudo ilusão. Minha. Apenas minha. E a única culpada de ter me ter deixado levar pelo sonho era eu.
Imaginam o sofrimento que é quando nos apercebemos que levámos a vida em vão?!

Penso que o único lado positivo dessa experência doída, foi o simples facto de isso me ter feito crescer... hoje sou fruto daquela miúda apaixonada, sonhadora, que se entregava por inteiro, sem pensar que as coisas não eram sempre perfeitas!

É certo e mais que sabido que sou muito imperfeita (:D) e que ainda tenho um longo caminho a percorrer... mas gosto de olhar para trás e ver que cresci. É bom. Apesar que ter 30 anos não ser assim uma coisa que me entre na cabeça à primeira!
Mas tenho uma década inteira para me habituar :D

20.2.08

Gosto tanto destes quadros...

A escola de Atenas, de Rafael

O beijo, de Gustav Klimt

Campo de trigo com Corvos, de Vincent Van Gogh

Noite estrelada, de Vincent Van Gogh

Retrato de Fernando Pessoa, de Almada Negreiros

Duas Mulheres Correndo na Praia, de Pablo Picasso

MC Escher - o mestre!

Mauritus Cornelis Escher, nasceu em Leeuwarden na Holanda em 1898, faleceu em 1970 e dedicou toda a sua vida às artes gráficas. Na sua juventude não foi um aluno brilhante, nem sequer manifestava grande interesse pelos estudos, mas os seus pais conseguiram convencê-lo a ingressar na Escola de Belas Artes de Haarlem para estudar arquitectura. Foi lá que conheceu o seu mestre, um professor de Artes Gráficas judeu de origem portuguesa, chamado Jesserum de Mesquita.

Dia e Noite?




Um concerto impossível

Concerto de Bryan Adams esgota em 20 minutos
Canadiano actua a 7 de Março em Lisboa.
O concerto de Bryan Adams no Maxime, em Lisboa, esgotou em apenas 20 minutos. A notícia é avançada pela editora do músico canadiano, que vem a Portugal para a estreia mundial ao vivo do novo álbum 11 . Adams sobe ao palco da sala lisboeta às 16h30 do dia 7 de Março.

Porque o espaço é pequeno, o concerto foi anunciado como «apenas para convidados», mas os primeiros a fazer a encomenda do novo álbum na FNAC online (reservas disponibilizadas hoje) tiveram direito a um bilhete para actuação.

Pode continuar a ler aqui
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Faço um apelo aos meus leitores:

Alguém tem um bilhete para ir ao concerto
que não precise?!


15.2.08

Amadeo de Souza-Cardoso


Menina dos Cravos 1913, óleo sobre madeira (40 x 29 cm) Museu do Caramulo, Portugal

Amadeo de Souza-Cardoso nasce a 14 de Novembro de 1887 em Manhufe, próximo de Amarante, e morre em Espinho, vítima de “pneumónica”, ou gripe espanhola, a 25 de Outubro de 1918.
Em 1906, parte para Paris com Francis Smith e instala-se no Boulevard de Montparnasse. Estuda Arquitectura, frequentando os ateliês de Godefroy e de Freynet, mas acaba por desistir do curso, por estar mais interessado em desenvolver uma actividade de desenhador e caricaturista, permanecendo atento ao movimento artístico parisiense. Em 1908, começa a assistir regularmente às aulas do pintor espanhol Anglada Camarasa, na Academia Vitti.
O seu ateliê, na Cité Falguière, torna-se um dos principais centros de reunião dos artistas portugueses então residentes nesta cidade, onde se encontram para tertúlias e boémias.
A sua obra, marcada pela constante pesquisa e reformulação de conceitos e práticas pictóricas, atravessou quase todos os movimentos estéticos relacionados com a ruptura da arte convencional. Do Cubismo à arte abstracta, passando pelo Expressionismo e Futurismo, Amadeo experimenta e ensaia modalidades pessoais de entendimento destas correntes.

Florbela Espanca


Os versos que te fiz

«Deixe dizer-te os lindos versos raros
Que a minha boca tem pra te dizer !
São talhados em mármore de Paros
Cinzelados por mim pra te oferecer.

Tem dolência de veludo caros,
São como sedas pálidas a arder...
Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que foram feitos pra te endoidecer !


Mas, meu Amor, eu não te digo ainda...
Que a boca da mulher é sempre linda
Se dentro guarda um verso que não diz !

Amo-te tanto ! E nunca te beijei...
E nesse beijo, Amor, que eu te não dei
Guardo os versos mais lindos que te fiz.»

Florbela Espanca

Flor Bela de Ama da Conceição - Poetisa portuguesa, natural de Vila Viçosa (8/12/1894). Nasceu filha ilegítima de João Maria Espanca e de Antónia da Conceição Lobo, criada de servir. Morreu com apenas 36 anos, em 1930, «de uma doença que ninguém entendeu», mas que veio designada na certidão de óbito como nevrose.
Registada como filha de pai incógnito, foi todavia educada pelo pai e pela madrasta, Mariana Espanca, em Vila Viçosa, tal como seu irmão de sangue, Apeles Espanca, nascido em 1897 e registado da mesma maneira.
Note-se como curiosidade que o pai, que sempre a acompanhou, só 19 anos após a morte da poetisa, por altura da inauguração do seu busto, em Évora, e por insistência de um grupo de florbelianos, a perfilhou.

A poesia de Florbela caracteriza-se pela recorrência dos temas do sofrimento, da solidão, do desencanto, aliados a uma imensa ternura e a um desejo de felicidade e plenitude que só poderão ser alcançados no absoluto, no infinito.
A veemência passional da sua linguagem, marcadamente pessoal, centrada nas suas próprias frustrações e anseios, é de um sensualismo muitas vezes erótico.
Simultaneamente, a paisagem da charneca alentejana está presente em muitas das suas imagens e poemas, transbordando a convulsão interior da poetisa para a natureza.

14.2.08

I finally found someone



Esta música é um pouco pimba... mas o Amor é mesmo assim, não é?

Dia dos Namorados


Hoje,

quero que o mundo te torne só meu.
Hoje,
procuro que os momentos a dois sejam eternos.
Hoje,
quero que me olhes, no fundo do meu ser,
e me sussurres ao ouvido o quando me amas.

Seremos um só coração, voando ao sabor do vento,
brilhando à luz do Sol...!
Perdidos na ilusão que é este momento,
que a nós não pertence, mas que ansiamos com toda
a vontade de nos querermos!

Sofia Feliz

12.2.08

Abstracto I


Este aqui terminei primeiro e é fruto de uma experiência. Até não ficou mau. (A foto é que poderia estar melhor).

Mulher de túnica azul


Finalmente acabei o quadro. E gostei do resultado. Espero que também gostem!

8.2.08

Carnaval em Torres Vedras

O lixo carnavalesco deixa a cidade neste "lindo" estado...

Depois chamam-nos a nós, bruxas, para tratar do serviço...

E ainda deixam os bichinhos, pobrezitos, neste estado... isso não se faz!

Só com a desculpa que no Carnaval, tudo vale... e ninguém leva a mal!!!

E a mão deste porquito, o que estará a sentir ao ver o filhote leitão esborrachado???!

7.2.08

Velhos tempos de escola!

Hoje recebi um email de alguém que tropeçou no meu blog e que faz parte das minhas memórias da Ferreira Dias.

Que bom que foi receber o teu email, V.!

É sempre bom saber que não sou a única a procurar pessoas que perdi de vista... já se tornava aborrecido pesquisar e pesquisar, muitas das vezes sem sucesso, porque não retive na memória o sobrenome de todos os amigos!

Desde 2006 que a minha vida anda um pouco à volta de (re)encontrar pessoas que guardo no coração... a curiosidade de saber o que era feito dos amigos começou a corroer-me de tal maneira que andei feita louca no hi5, no skype e outros meios, a escrever nomes e mais nomes!

Alguns casaram, outros tantos ainda não, uns já têm filhos, outros não me parece que tenham nos próximos tempos... uns estão felizes com a vida que têm, outros são eternos insatisfeitos.

Eu, no que me toca, vou tentando ser feliz... e é claro que reencontrar amigos dá-me uma felicidade imensa :D

No fundo, o que me move, são as saudades. Saudades de ser miúda, de não ter tantas responsabilidades, de viver cada minuto com os amigos como se não houvesse amanhã!

Saudades das festas em casa do Rui M., das piadas do Bruno J., da minha enorme amizade com a Xana - a amiga que tem-me acompanhado sempre - dos momentos a ouvir música usando um walkman e as colunas do V., perto do ginásio, nos dias solarengos de Primavera... dos arrufos de namorados da Vera e do Bruno J., das catatuas Nanete e Vanessa...

Das aulas de Ciências com a prof. Mª Lurdes Morgado, da Andreia S., eu e a Xana aproveitarmos para trocar impressões sobre os episódios do "Bocas"... e da prof. gritar feita louca - mas no fundo adorar a nossa turma!

Tantas e tantas recordações de uma escola onde passei 6 anos excelentes.

Obrigada, V. por me teres contactado :D

6.2.08

Pós-Carnaval

Olá amigos!

Voltei das mini-férias que os professores têm por esta altura, soube-me mesmo bem não ter que acordar cedo e aturar os diabretes dos alunos... e as cusquices das colegas na sala de professores!!!

Espero que tenham brincado muito ao Carnaval, eu decidi à última da hora virar bruxinha e lá fui eu para o Carnaval de Torres Vedras trajada a rigor.

Amanhã já retomo o raio da rotina que odeio e, como não há bela sem senão, começo em grande, logo vou ter reuniões, 5ª, 6ª e também na 2ª. É para compensar o tão descansadita que andava... assim lá vou ficar até às 20h ou mais da noite a discutir o sexo dos anjos. Estou ansiosa, nem imaginam quanto!!! :P

Não tenho grandes novidades, aliás, nenhumas.

Ah, a minha nova leitura, começada ontem antes de dormir e a qual já vai na página 255, ou seja, a meio do livro:
Equador, de Miguel Sousa Tavares, estou simplesmente a devorar o livro. Hoje estive em casa o dia todo e pouco ou nada fiz, para além de ler como uma louca, ávida de embeber cultura LOL!

E estou aqui apenas porque tive mesmo que ver os emails... porque por mim não tinha saído da cama o dia todo, só para ler, ler, ler...
Há dias assim. Já à muito tempo que não tinha destes dias, entregues apenas à leitura. Faz bem. Sinto falta. É pena nem sempre acertar na minha escolha para a leitura. Eu que achava que iria adorar o Cem anos de solidão, do Gabriel Garcia Márquez, e que achei uma desilusão... acho que ainda está aí pela casa, algures a meio, à espera que eu sinta vontade de retomar uma história tão aborrecida como aquela.

Isto hoje está com ar de adolescente, sem nada de interesse para dizer. Vou mas é ler, que anseio por saber o desfecho da história.
A todos os leitores, voltei, vou andar sem tempo para escritas e leituras online, mas prometo pôr por aqui algumas fotos do meu Carnaval...

Beijos e abraços!!!